RECONECTANDO: “A dor invisível de ser o provedor” – Por Raquel Lima Terapeuta

09 de junho de 2025

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Durante minhas escutas clínicas, uma fala recorrente tem me atravessado com força: “Eu não posso falhar, minha família depende de mim”. Essa frase, dita com os olhos marejados e os ombros tensos, é o retrato silencioso de muitos homens que carregam o peso de um papel imposto há gerações — o de ser o provedor da casa.

Crescemos em uma cultura que ensinou ao homem que seu valor está diretamente ligado à sua capacidade de sustentar financeiramente uma família. Desde cedo, ouvimos frases como “homem que é homem não chora”, “tem que ser forte”, “tem que trabalhar duro”.

E assim, sem perceber, vamos moldando subjetividades que acreditam que demonstrar fragilidade ou pedir ajuda é sinônimo de fracasso.

O problema é que esse modelo cobra caro. Ansiedade, depressão, crises de pânico, adoecimento físico e emocional. Homens adoecem tentando sustentar não só uma casa, mas uma identidade que não permite descanso nem vulnerabilidade.

Ser provedor vai muito além do dinheiro. Prover cuidado, presença, escuta, parceria — isso também é sustento. E mais: isso também é amor. O afeto não está na conta bancária, mas no vínculo construído diariamente com aqueles que amamos.

Precisamos urgentemente abrir espaço para que os homens possam se libertar desse ideal exaustivo. É possível ser responsável sem carregar tudo sozinho. É possível dividir as tarefas, os boletos e os sentimentos.

Acolher essa dor é o primeiro passo para transformá-la. E lembrar que, antes de qualquer função, existe uma pessoa. Com medos, desejos, limites e, acima de tudo, com o direito de ser cuidada também.

Com amor e acolhimento,

Raquel Lima

Terapeuta | Especialista em Traumas, transtornos graves e terapia masculina pode te ajudar!

Você não precisa carregar esse peso sozinho.

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Roger Campos

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